
“Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto, As flores florirão da mesma
maneira, E as árvores não serão menos verdes que
na Primavera passada. A realidade não precisa de mim. Sinto uma alegria enorme ao pensar que a minha morte não
tem importância nenhuma” (o texto original
está assim, com letras maiúsculas após as vírgulas).
Quando paramos para
pensar na vida a gente percebe que é exatamente assim: passaremos e tudo
continuará como sempre foi, ou com as mudanças que precisam necessárias, de
forma natural ou pela ação do homem, mas, continuará independente de nossa
presença e, isso, causa desânimo, saber que somos desnecessários no curso
natural da vida, portanto vem o questionamento: o que é isso aqui?
A gente corre, a gente
luta, a gente sonha, a gente chora, se apaixona, se decepciona, amamos e não
somos correspondidos, e, tudo isso para
se descobrir que um dia tudo correrá sem você, naturalmente.
Diante disso não seria
natural mergulhamos de cabeça na vida e aproveitar tudo do que podemos? Ou o
natural é acumular riquezas que não nos salvarão, ter vontade do beijo não
dado, se arrepender do amor não vivido, sofrer por coisas que não acontecerão,
ou acontecerão?
Não devíamos ser mais
leves, mais livres, mais humanos?
Qual o sentido de
tantas preocupações, depressão, choros, dores, raiva, se, isso não mudará o
curso do universo?
Gosto de pessoas leves,
pessoas de alma bonita, mas, às vezes, tenho a impressão que sou a única pessoa
no mundo que ainda tenta preservar a essência humana, a vontade de querer ficar
perto de almas humanas. Não entendo o porquê de se querer ser outra coisa já
que tudo é efêmero, e, como mostra o poema, em vão, pelo menos nesse plano da
vida. Nada se leva, tudo fica, portanto, seria natural Viver enquanto aqui
estamos, mas, nada pode, tudo tem regras, tudo se esbarra nos direitos e
deveres, e assim a vida se escorre pelas mãos, para se chegar no fim e
descobrir que não faremos nenhuma falta para essa parte do universo.
Sei que ultimamente ando visceral, mas, é que eu quero entender.
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