16 de maio de 2013

NOTÍCIAS DA BARIÁTRICA.


Um ano e sete meses após a cirurgia, 42 quilos a menos, manequim 44 e muita curiosidade, das pessoas.
Como muita gente me vê caminhando à tarde em uma Avenida de minha cidade, pensam que meu emagrecimento é devido à caminhada, e, me param, me parabenizam pela dedicação, pelo esforço, determinação. Me usam como exemplo, rss (mal sabem elas, rss).
Quando a pessoa é legal eu paro e explico que passei por um processo cirúrgico, quando é uma mala de papelão sem alça e sem rodinhas em dia de chuva eu sempre dou uma risadinha e aproveito para por pilha e falo: são mais de nove meses caminhando, vai na fé que você também consegue, rsss, como sou uma pessoa de semblante sério (ou eu sou séria?), geralmente elas acreditam, e espero que comecem a se mexer, assim não terão mais tempo de ficarem me enchendo de perguntas.
São apenas flores? Não. Eu ainda tenho alguns probleminhas mas, esses são causados exclusivamente por mim, como já havia dito para vocês. Eu sou elétrica, como disse um amigo: eu tenho fogo no sangue, então eu não sei parar para comer, ou eu fico sem comer, ou eu como errado, ai já era. Hoje, por exemplo, no jantar, comi (tentei comer) carne de porco, tomate, arroz e feijão, mas, a carne, por eu ter “paciência” quase zero para mastigar, mastigar, mastigar, parou, e ai nada mais desce, tem que voltar ou ficar com dor, sempre opto por voltar. Passados uns vinte minutos, deu fome, tentei comer bolacha água e sal e tomar leite, não desceu, voltei de novo, rss (preço de minha ação).
cicatriz perto da costela, dos lados tem dos drenos.
Semana passada uma pessoa me parou na rua para perguntar sobre o procedimento, sobre as conquistas. Digo sempre que só falo por mim, pois, a recuperação depende muito de cada pessoa. Eu estou bem, apesar das mudanças serem bruscas. Por exemplo, eu não consigo mais fazer parte de um churrasco comendo como antes, não pela quantidade, mas, porque carne é difícil de comer, tem que ser cortada em pedaços quase invisíveis (imagine dois caroços de feijão, é mais ou menos isso), mesmo assim, às vezes, com todo cuidado ainda para tudo, dói, é desconfortável e, dependendo de onde você está é chato ficar “vomitando” (é isso que quero dizer quando falo que volto a comida, rss, estava tentando ser delicada, mas …) se você comer e parar e você teimar e tomar um copo de suco, cerveja, refrigerante, você corre o risco de não conseguir chegar em um banheiro (pense no vexame, rss). Tudo isso precisa ser trabalhado, você precisa ir experimentando seus limites.
Fora isso, ficam estrias, cicatrizes, como podem ver nas fotos, flacidez, então, uma pessoa que faz a cirurgia achando que magra pode atrair uma pessoa, corre o risco de não transar com essa caso seja encanada ou cobrada, pois, as cirurgias plásticas demoram, e, você não quer parar a vida por causa de uma porr… de uma estria, mas, alguém pode te cobrar por isso, então, se troca seis por quase 5/2.
ESTRIAS, VÁRIAS.
Mesmo assim, os resultados são bons, mas, não muda a essência, se você for uma chata (o) você continuará sendo uma chata (o), se você tiver problemas de autoestima, aviso, melhora, mas, não cura, pois, você demora muito para assimilar o novo corpo, até hoje eu não consigo acreditar que uma calça 44 entra em mim, que uma blusa G, ou M podem me servir, portanto, a imagem distorcida fará você se ver gorda, e, se a autoestima era ruim por causa disso, continuará (apesar de termos outras inúmeras qualidades quase ninguém as vê, então a questão corpo x autoestima pesa no consciente, mesmo dos operados, pois, há um condicionamento que demora sumir).
Estou bem de saúde, ganhei massa, pois, faço caminhada e pego subida, e, isso não muda muito o ponteiro da balança, mas, é diferente massa de gordura. É isso.
Entre mortos e feridos ando mais confiante, rss, isso pode ser bom, pode ser muito bom e pode não ser nada, depende do ponto de vista. No meu caso, como tenho mais preocupações  (estudo, escrevo, dou aulas, preparo aulas, valorizo meu cérebro, etc), vou vendo as mudanças como positivas, mas, com menos ansiedade que talvez outra pessoa que tenha o corpo como prioridade, ou meio de vida, rss, tenha.
Até.

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