13 de maio de 2013

VIOLÊNCIA SEXUAL. QUEM SE OMITE TAMBÉM É AUTOR.


O dia 18 de Maio é um dia de mobilização na luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes.
O tema, principalmente quando relacionado aos adolescentes, gera certa polêmica. As pessoas gostam de falar sobre a linha divisória em que paira o abuso, a prostituição, o querer ou o consentimento da criança, do adolescente em relação ao caso. Por incrível que pareça muita gente “sensualiza” uma criança de seis anos de idade e joga nessa a culpa pelo abuso, como se essa tivesse discernimento do ato.
Para quem não trabalha na área de proteção, ou, supostamente não tem o problema dentro de casa, digo supostamente, pois, temos, naturalmente, a tendência de acharmos que problemas só ocorrem na vida dos outros, senta no sofá e critica, expõe falsos e preconceituosos conceitos, quem está no problema e trabalha diretamente com a causa se compadece em saber que o corpo de uma criança fora invadido, violado, sem ao menos, na maioria dos casos, essa saber o porquê dessa violação.
A Constituição Federal nos da o direito de nascermos cheios de “direitos”, por isso, em alguns casos, algumas pessoas se veem no direito de invadir a privacidade, o sonho, o corpo do outro.
Não quero entrar aqui na discussão dos motivos que levam uma pessoa a violentar uma criança e isso por dois motivos. Primeiro por eu não ter embasamento técnico para falar de questão tão complexa, segundo porque quero, com esse texto, apenas sugerir uma reflexão sobre o assunto.

Os números de abuso sexual que chegam até aos órgãos de proteção são tímidos, porém, há suspeitas, muitas dessas embasadas no comportamento que algumas crianças apresentam nas escolas, que os números são maiores. A questão é: se os números podem ser maiores e não o são, alguém está tirando dessas crianças/adolescentes, o direito a voz, por oferecerem vantagens a essas ou por as ameaçarem.
Diante dessa situação chamo à atenção da sociedade para o que diz a Lei de Proteção Integral (8069/90) que coloca também na sociedade o dever de zelar pelos direitos de crianças e adolescentes.
A vítima de abuso é envolvida pelo agressor de todas as maneiras, principalmente quando há laços fortes os unindo. A criança se sente envolvida pelo prazer sexual, o prazer do ato, se sente tentada pelas promessas, pelos doces, pelo dinheiro, pelo afeto. Tirar uma confissão de uma criança envolta nessa situação é tarefa árdua. Por isso precisamos do olhar de todos. Não silenciem, denunciem, deem suas vozes, seus ouvidos para essa causa. 
Disque 100, ou denuncie no Conselho Tutelar de sua cidade.

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