O dia 18 de Maio
é um dia de mobilização na luta contra a exploração sexual de crianças e
adolescentes.
O tema, principalmente quando relacionado aos adolescentes, gera certa polêmica. As pessoas gostam de falar sobre a linha divisória em que paira o abuso, a prostituição, o querer ou o consentimento da criança, do adolescente em relação ao caso. Por incrível que pareça muita gente “sensualiza” uma criança de seis anos de idade e joga nessa a culpa pelo abuso, como se essa tivesse discernimento do ato.
O tema, principalmente quando relacionado aos adolescentes, gera certa polêmica. As pessoas gostam de falar sobre a linha divisória em que paira o abuso, a prostituição, o querer ou o consentimento da criança, do adolescente em relação ao caso. Por incrível que pareça muita gente “sensualiza” uma criança de seis anos de idade e joga nessa a culpa pelo abuso, como se essa tivesse discernimento do ato.
Para quem não
trabalha na área de proteção, ou, supostamente não tem o problema dentro de
casa, digo supostamente, pois, temos, naturalmente, a tendência de acharmos que
problemas só ocorrem na vida dos outros, senta no sofá e critica, expõe falsos
e preconceituosos conceitos, quem está no problema e trabalha diretamente com a
causa se compadece em saber que o corpo de uma criança fora invadido, violado,
sem ao menos, na maioria dos casos, essa saber o porquê dessa violação.
A Constituição
Federal nos da o direito de nascermos cheios de “direitos”, por isso, em alguns
casos, algumas pessoas se veem no direito de invadir a privacidade, o sonho, o
corpo do outro.
Não quero entrar
aqui na discussão dos motivos que levam uma pessoa a violentar uma criança e
isso por dois motivos. Primeiro por eu não ter embasamento técnico para falar
de questão tão complexa, segundo porque quero, com esse texto, apenas sugerir
uma reflexão sobre o assunto.
Os números de
abuso sexual que chegam até aos órgãos de proteção são tímidos, porém, há
suspeitas, muitas dessas embasadas no comportamento que algumas crianças
apresentam nas escolas, que os números são maiores. A questão é: se os números
podem ser maiores e não o são, alguém está tirando dessas
crianças/adolescentes, o direito a voz, por oferecerem vantagens a essas ou por
as ameaçarem.
Diante dessa
situação chamo à atenção da sociedade para o que diz a Lei de Proteção Integral
(8069/90) que coloca também na sociedade o dever de zelar pelos direitos de
crianças e adolescentes.
A vítima de abuso é envolvida pelo agressor de todas as
maneiras, principalmente quando há laços fortes os unindo. A criança se sente
envolvida pelo prazer sexual, o prazer do ato, se sente tentada pelas
promessas, pelos doces, pelo dinheiro, pelo afeto. Tirar uma confissão de uma
criança envolta nessa situação é tarefa árdua. Por isso precisamos do olhar de
todos. Não silenciem, denunciem, deem suas vozes, seus ouvidos para essa causa.
Disque 100, ou denuncie no Conselho Tutelar de sua cidade.
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