Como esse é o mês do meu aniversário, faço niver dia onze
(podem mandar os presentes, rss (gosto de tudo que tem no Boticário, de tudo
que tem no site da Sacks, rss, Dafiti, Passarela, rss, tudo muito basiquinho),
vou presentear-vos com um resumo de mim, a dona do pedaço.
Gosto dos signos do mundo. Quem estudou línguas ou
fonoaudiologia conhece o pai dos signos lingüísticos que é Ferdinand Saussure (le-se
ferdinandi sóssir). O conceito de signo para ele é mais ou menos assim: O signo é o resultado de significado mais significante.
Todos nós sabemos o que a palavra
mesa significa, o que a palavra livro significa (quando
observamos o signo “livro” percebemos que ele é a união de som, conceito e
escrita, ou seja, significado e significante). A palavra livro existe e nos foi
imposta, já tem significado próprio, para nós só resta ir passando de geração
para geração que livro significa livro, apesar dele ser um retângulo, um
quadrado, ou um oval, rss. O livro não é chamado de quadrante, retangulante,
ovante, é livro. Existe a grafia, o som, ou seja, significado e significante e
todos entendem quando falamos a palavra livro.
Do mesmo modo é
cadeira. Não se sabe porque cadeira é cadeira e não sentante, bundante (já que
acomoda a bunda). O signo lingüístico que representa o objeto cadeira é CADEIRA.
Tudo isso para
dizer que tenho algo forte como signo que me representa e que é tão difícil mudar
quanto mudar o significado de todas as coisas que temos a nossa volta. É como
se fosse meu nome. Quando alguém em Macatuba diz Luziane, todos sabem a quem
estão se referindo (não que o signo lingüístico do meu nome seja único, é que
eu sou tão única que geralmente não associam esse nome a outra pessoa, rss ( prepotência,
humildade e modéstia são signos, RSS). Brincadeira, é que eu sou a única Luziane
da cidade). A palavra que me define é INTENSIDADE.
Quando alguém diz
ser do signo de Áries ( ler aqui: O ARIANO (A)) apesar das controvérsias, muitos dizem ser baboseira, as
pessoas já associam esse signo a pessoa briguenta, guerreira, intensa (meu
signo, por sinal) líder nato (ui), apaixonado, apaixonante e estressado. Da
mesma forma, pessoas que convivem comigo sabem que se eu disser que sou intensa
elas irão entender o porque (como nem todos que lêem o blog convivem comigo,
vou dar-lhes uma palhinha). Quem não quiser ter o trabalho de ler o texto todo leia a definição acima para o signo de Áries, tem tudo a ver comigo, por mais incrível
que isso possa parecer.
Tudo o que eu faço
é entrega total. Quando eu trabalho tem que ser da melhor forma possível, eu me
entrego ao trabalho de forma dedicada, exclusiva, quando eu amo é intenso ( do
tipo de querer por perto vinte e quatro horas por dia, que quer que a pessoa
fique dizendo eu te amo todo minuto porque toda hora é tempo demais de ausência
e isso já faz eu pensar que não estou sendo correspondida daí eu sofro, eu
choro, muito, eu fico insegura, muito, eu fico paranóica, muito, eu fico
histérica, muito, rss, tudo muito, tudo muito intenso). Me dedico muito a mim,
aos amigos, à família, tudo de forma total, intensa ( o bom disso é que todos
sabem que se eu gosto eu gosto se eu não gosto eu não gosto porque eu vou de
uma ponta a outra sem meio termo, aliás, essa palavra, meio termo, eu raramente
uso, as vezes a uso no trabalho por ser imprescindível, apesar de intensa, não
sou irracional, só no amor, rss e aí, coitado do alvo).
Eu não sei fazer
nada sem paixão. Eu não trabalho por dinheiro (apesar de eu ter contas para
pagar). Se o emprego é apaixonante, vai me absorver, me abduzir, eu o faço sem
ver a remuneração porque eu não consigo trabalhar no que não me causa alvoroço.
Quando é para sair para me divertir, se não for para meeeeeeee divertirrrr, eu
nem saio. Quanto aos amigos, se não
forem pessoas que me causam algum tipo de completude, eu perco o interesse. Assim
é com as outras pessoas que estão a minha volta. Se os relacionamentos são
mornos, se a pessoa é morna, não oferece fogo, combustível para me manter
interessada, logo ela estará em um lugar menos relevante em minha vida (eu não
descarto as pessoas, elas continuam em minha vida, apenas perco o interesse por
algumas coisas).
O bom de tudo isso
é que quando eu gosto de algo, sou a melhor da melhor do mundo naquilo. Assim foi
com o curso de inglês, assim foi com a faculdade, assim é com o meu atual emprego (função que eu queria
exercer por toda a vida por não haver rotina, por ter sempre fatos novos,
grandes desafios, por me possibilitar ter contato com pessoas dinâmicas,
inteligentes, desafiantes, corajosas, tempestivas, rsss), assim é com os amores,
amigos, livros (já li intensamente, cerca de doze, treze livros por semana, já "varei" a noite lendo uma história bonita, já fiz biscuit intensamente, tudo o que eu via na minha frente eu já pensava em uma nova peça (não tenho nenhuma naquele formato,cilíndrico, comprido, rss, eu juro, já pintei guardanapos intensamente, tão intensamente que eu me levantava a noite para dar acabamento em uma peça, e tudo isso foi deixado para trás apesar de ter consciência que fazia tudo muito bem feito) mas, tem a parte chata de tudo isso porque quando passa a euforia eu
não consigo ficar dentro das questões sem me sentir incomodada e, às vezes, as
minhas paixões por algum curso, pessoas, amores, sentimentos duram pouco, coisa
de um dia, uma semana, um mês, um ano, e isso é ruim.
Cada paixão que se
vai (aqui uso o sentido figurado da palavra, pois, podemos nos apaixonar por um
carro, um computador, um sapato, etc…) eu sofro porque, como eu sou elétrica,
se não acho algo ao alcance do que perdi para ocupar o lugar disso, eu entro em
estado letárgico e, ninguém consegue estar apaixonado vinte e quatro horas por
dia, e, é aí que mora o perigo: o tédio, o desânimo, a depressão. Eu queria muito fazer a cirurgia
bariátrica. Eu achava que minha vida mudaria do dia para a noite com a
cirurgia, com alguns quilos a menos. Depois de anos de busca por um corpo
melhor, uma vida mais equilibrada, após alcançar metade do objetivo, pois,
ainda tenho a metade do peso que eliminei para eliminar, já cai no descaso. Estou
inerte, sem entusiamo. Todo alvoroço, as expectativas de ter uma vida mais
badalada passaram. A “ficha” caiu e eu fiquei sem rumo. Isso é ruim. Eu sofro
com essa “qualidade”. Eu sofro por ser portadora desse adjetivo: intensa.
Como diz o ditado: tudo o que é
demais sobra, tudo que sobra é resto e tudo o que é resto tem que ir para o
lixo. É complicado mandar coisas para a lixeira tão constantemente por elas te
cansarem tão constantemente.
Se souberem onde se compra meio
termo, me avisem.
Ahhh, não se esqueçam: dia 11/04 é
uma data super, hiper, mega, uber especial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OPINEM.