1 de abril de 2012

EU POR MIM.




Como esse é o mês do meu aniversário, faço niver dia onze (podem mandar os presentes, rss (gosto de tudo que tem no Boticário, de tudo que tem no site da Sacks, rss, Dafiti, Passarela, rss, tudo muito basiquinho), vou presentear-vos com um resumo de mim, a dona do pedaço.
Gosto dos signos do mundo. Quem estudou línguas ou fonoaudiologia conhece o pai dos signos lingüísticos que é Ferdinand Saussure (le-se ferdinandi sóssir). O conceito de signo para ele é mais ou menos assim: O signo é o resultado de significado mais significante.
Todos nós sabemos o que a palavra mesa significa, o que a palavra livro significa (quando observamos o signo “livro” percebemos que ele é a união de som, conceito e escrita, ou seja, significado e significante). A palavra livro existe e nos foi imposta, já tem significado próprio, para nós só resta ir passando de geração para geração que livro significa livro, apesar dele ser um retângulo, um quadrado, ou um oval, rss. O livro não é chamado de quadrante, retangulante, ovante, é livro. Existe a grafia, o som, ou seja, significado e significante e todos entendem quando falamos a palavra livro.
Do mesmo modo é cadeira. Não se sabe porque cadeira é cadeira e não sentante, bundante (já que acomoda a bunda). O signo lingüístico que representa o objeto cadeira é CADEIRA.
Porque estou a dizer tudo isso? Para vocês entenderem que signo é algo que define “algo” de forma tão profunda na nossa mente que é impossível tirar. Você jamais conseguirá por na cabeça de seu filho que livro tem um outro signo  que não seja LIVRO.
Tudo isso para dizer que tenho algo forte como signo que me representa e que é tão difícil mudar quanto mudar o significado de todas as coisas que temos a nossa volta. É como se fosse meu nome. Quando alguém em Macatuba diz Luziane, todos sabem a quem estão se referindo (não que o signo lingüístico do meu nome seja único, é que eu sou tão única que geralmente não associam esse nome a outra pessoa, rss ( prepotência, humildade e modéstia são signos, RSS). Brincadeira, é que eu sou a única Luziane da cidade). A palavra que me define é INTENSIDADE.
Quando alguém diz ser do signo de Áries ( ler aqui: O ARIANO (A)) apesar das controvérsias, muitos dizem ser baboseira, as pessoas já associam esse signo a pessoa briguenta, guerreira, intensa (meu signo, por sinal) líder nato (ui), apaixonado, apaixonante e estressado. Da mesma forma, pessoas que convivem comigo sabem que se eu disser que sou intensa elas irão entender o porque (como nem todos que lêem o blog convivem comigo, vou dar-lhes uma palhinha). Quem não quiser ter o trabalho de ler o texto todo leia a definição acima para o signo de Áries, tem tudo a ver comigo, por mais incrível que isso possa parecer.
Tudo o que eu faço é entrega total. Quando eu trabalho tem que ser da melhor forma possível, eu me entrego ao trabalho de forma dedicada, exclusiva, quando eu amo é intenso ( do tipo de querer por perto vinte e quatro horas por dia, que quer que a pessoa fique dizendo eu te amo todo minuto porque toda hora é tempo demais de ausência e isso já faz eu pensar que não estou sendo correspondida daí eu sofro, eu choro, muito, eu fico insegura, muito, eu fico paranóica, muito, eu fico histérica, muito, rss, tudo muito, tudo muito intenso). Me dedico muito a mim, aos amigos, à família, tudo de forma total, intensa ( o bom disso é que todos sabem que se eu gosto eu gosto se eu não gosto eu não gosto porque eu vou de uma ponta a outra sem meio termo, aliás, essa palavra, meio termo, eu raramente uso, as vezes a uso no trabalho por ser imprescindível, apesar de intensa, não sou irracional, só no amor, rss e aí, coitado do alvo).
Eu não sei fazer nada sem paixão. Eu não trabalho por dinheiro (apesar de eu ter contas para pagar). Se o emprego é apaixonante, vai me absorver, me abduzir, eu o faço sem ver a remuneração porque eu não consigo trabalhar no que não me causa alvoroço. Quando é para sair para me divertir, se não for para meeeeeeee divertirrrr, eu nem saio.  Quanto aos amigos, se não forem pessoas que me causam algum tipo de completude, eu perco o interesse. Assim é com as outras pessoas que estão a minha volta. Se os relacionamentos são mornos, se a pessoa é morna, não oferece fogo, combustível para me manter interessada, logo ela estará em um lugar menos relevante em minha vida (eu não descarto as pessoas, elas continuam em minha vida, apenas perco o interesse por algumas coisas).
O bom de tudo isso é que quando eu gosto de algo, sou a melhor da melhor do mundo naquilo. Assim foi com o curso de inglês, assim foi com a faculdade, assim é com o  meu atual emprego (função que eu queria exercer por toda a vida por não haver rotina, por ter sempre fatos novos, grandes desafios, por me possibilitar ter contato com pessoas dinâmicas, inteligentes, desafiantes, corajosas, tempestivas, rsss), assim é com os amores, amigos, livros (já li intensamente, cerca de doze, treze livros por semana, já "varei" a noite lendo uma história bonita, já fiz biscuit intensamente, tudo o que eu via na minha frente eu já pensava em uma nova peça (não tenho nenhuma naquele formato,cilíndrico, comprido, rss, eu juro, já pintei guardanapos intensamente, tão intensamente que eu me levantava a noite para dar acabamento em uma peça, e tudo isso foi deixado para trás apesar de ter consciência que fazia tudo muito bem feito)  mas, tem a parte chata de tudo isso porque quando passa a euforia eu não consigo ficar dentro das questões sem me sentir incomodada e, às vezes, as minhas paixões por algum curso, pessoas, amores, sentimentos duram pouco, coisa de um dia, uma semana, um mês, um ano, e isso é ruim.
O lado bom das pessoas intensas é o dinamismo, o lado ruim é o tédio.
Cada paixão que se vai (aqui uso o sentido figurado da palavra, pois, podemos nos apaixonar por um carro, um computador, um sapato, etc…) eu sofro porque, como eu sou elétrica, se não acho algo ao alcance do que perdi para ocupar o lugar disso, eu entro em estado letárgico e, ninguém consegue estar apaixonado vinte e quatro horas por dia, e, é aí que mora o perigo: o tédio, o desânimo, a depressão. Eu queria muito fazer a cirurgia bariátrica. Eu achava que minha vida mudaria do dia para a noite com a cirurgia, com alguns quilos a menos. Depois de anos de busca por um corpo melhor, uma vida mais equilibrada, após alcançar metade do objetivo, pois, ainda tenho a metade do peso que eliminei para eliminar, já cai no descaso. Estou inerte, sem entusiamo. Todo alvoroço, as expectativas de ter uma vida mais badalada passaram. A “ficha” caiu e eu fiquei sem rumo. Isso é ruim. Eu sofro com essa “qualidade”. Eu sofro por ser portadora desse adjetivo: intensa.
Como diz o ditado: tudo o que é demais sobra, tudo que sobra é resto e tudo o que é resto tem que ir para o lixo. É complicado mandar coisas para a lixeira tão constantemente por elas te cansarem tão constantemente.
Se souberem onde se compra meio termo, me avisem.
Ahhh, não se esqueçam: dia 11/04 é uma data super, hiper, mega, uber especial.



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