5 de abril de 2012

QUEM É VOCÊ? QUEM HABITA EM TI?




Ultimamente ando focada nesses assuntos: autodefinição, autoconhecimento, que palavra nos define, que música nos define.
Hoje, para variar não vai variar, vou continuar nesse assunto, mais especificamente na teoria de que somos muito dentro de uma única pessoa.
É estranho pensarmos nessa possibilidade da multiplicidade do eu, logo eu que gosto tanto de ser singular, mas, se pensarmos bem, somos várias pessoas ao mesmo tempo ou em tempos diferentes (nossa, devem estar pensando, a pessoa ai ta doidona, rss). Vamos vomitar o pensamento (eca).No meu trabalho eu, Lu, geralmente sou muito focada, extremamente perfeccionista, responsável, me cobro o tempo todo para dar o melhor de mim profissionalmente (disse geralmente porque, se vocês tivessem a equipe de trabalho que eu tenho vocês saberiam que essa tal concentração que eu digo ter, às vezes, é quebrada por alguma tonteira, uma gafe, uma palavra errada, divagações, momentos lúdicos, psicoterapêuticos (quando estamos sozinhas e o trabalho está light, temos tempo para uma consultar a outra espiritualmente, emocionalmente), momentos de total doideira).
Na vida pessoal eu sou quase relaxada. Cuido da minha saúde quando sou obrigada, detesto exercícios físicos (nem todo mundo nasceu para ser médico endocrinologista, nutricionista, personal trainer, rss, essas são minhas desculpas básicas), só depois da cirurgia bariátrica comecei a me policiar quanto a uma alimentação mais saudável, sou meio preguiçosa para vida social. Na vida social gosto de pessoas simples, mas, glamorosas, rsss, não gosto de me arrumar para ir a lugares simples, não gosto de quermesse, por exemplo, acho uma festa muito normalzinha, gosto mesmo do fervo das boates, música eletrônica, mas, não freqüento muito esses lugares porque o marido não gosta e fico sem jeito de ir sem ele, apesar de ser absolutamente normal a diversão ser individual. Diante de meu gosto meio “diferente” já que a maioria da minha turma gosta de show sertanejo, quermesses, fico em casa. Na vida familiar eu sou a cabeça da ninhada. Todas as decisões importantes da família passam por mim (não porque eu quero que seja assim, é porque me elegeram a tutora da família), o que faz com que eu precise ter muita responsabilidade.
Tudo isso para vocês pensarem: vai ficar falando só de si. Não é a intenção, apesar de eu ter feito uma propaganda enorme sobre mim. É só para ilustrar que, dependendo da ocasião temos que nos revestirmos de características diferentes. Sim, sei que você já sabe disso, mas, a questão é outra. A questão é: de qual “carapuça” dessa a gente precisa mais ou qual característica gostaríamos de adotar com mais freqüência?
Tem momentos que uma Luziane briga com a outra, por exemplo, quando quero cobrar das pessoas que estão a minha volta a mesma posição profissional que eu trouxe para minha vida (meu marido, por exemplo, é uma pessoa tranqüila, despreocupada, liberto de grandes aspirações profissionais, ele quer apenas viver, eu me incomodo com isso, apesar de saber que preciso respeitar o jeito de ser dele). Eu tenho completo horror com atrasos. Se agendarem um compromisso para mim as nove horas, podem estar certos que, as nove horas eu estarei no local combinado, e, eu me estresso com quem não sabe cumprir horários. Se me pedirem um favor, um marcarem um compromisso, para eu deixar de faze-lo, de comparecer, só se acontecer algo muito grave, e, mesmo assim, vou procurar uma forma de avisar sobre a impossibilidade, mas, essa é uma característica minha, não sua, e, eu gostaria de não levá-la para outras instâncias, rsss.
Eu gostaria de ter em primeiro plano a características da Lu que fica em casa, mais relaxada, mais zen (zen muitas preocupações), porém, sinto que há um exercito de diferenças lutando em mim, cada uma querendo aparecer mais que a outra.
E você, seguindo o que diz Luiz Alberto Py  “ Eu costumo dizer que cada um de nós é um grupo de pessoas. É como se fosse uma Assembleia Legislativa que tem vários partidos, tem a oposição, o governo, esquerda, direita, os rebeldes... Está tudo permanentemente em ebulição dentro da gente saberia me dizer quem és? Quais “eus” falam mais forte em ti? Consegues se autodefinir com precisão?

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