Hoje vou tratar de um assunto delicado e por isso peço que
quem tem ouvidos sensíveis já pare por aqui que eu não quero ser
responsabilizada por problemas que possam ter por causa de minhas palavras.
Como já havia adiantado para vocês eu ando meio sem inspiração
para escrever no blog, por esse motivo pedi ajuda para uma amiga muito querida.
Pedi a essa que me desse uma idéia, ao que ela respondeu ser impossível, pois,
ultimamente ela só pensa em sexo. Que está difícil se desligar do tal assunto,
que ele, o assunto sexo,a rodeia, mexe com a mente dela as vinte e quatro horas
do dia.
O que tem isso de “anormal”? Para mim nada. Acho
absolutamente normal alguém que é dono de seu corpo, de suas atitudes ser,
também, dono de sua sexualidade. Não tem como esconder que sentimos tanto
prazer quanto os homens, em alguns casos até mais que…
Essa minha amiga é uma mulher atraente, adulta, responsável,
inteligente e, obviamente, para nós, que a conhecemos bem, nada soa mais
natural que ela sinta, expresse o desejo que sente, mas, infelizmente, ela se
esbarra em um problema que eu creio ser crônico: o machismo. Esse conceito que
os homens tem de achar que eles são os donos das suas mulheres, das mentes
dessas. Ela se sente constrangida de falar com o próprio companheiro sobre seus
desejos, seus anseios, por medo da reação dele, reação essa que vocês homens
conhecem bem e entendem bem.
Fico a imaginar o que faz uma pessoa achar que pode ter
controle absoluto sobre o pensar, o agir, o sentir do outro. Fico a imaginar: a
partir de qual momento colocaram na cabeça do homem que mulher é domável, que
desejos podem ser reprimidos só porque o outro quer?
Minha amiga não pode expor livremente seus desejos com o
parceiro de tantos anos, o que eu acho uma falha (falha essa que acontece em
muitos lares do nosso mundão). Se o parceiro não der espaço para a mulher expor
seus desejos, seus sentimentos, o que esse teme acontecerá, que é a
possibilidade do fracasso do relacionamento, das traições aparecerem, porque esses
desejos, saudáveis, frisando, uma hora ou outra nos cobra liberdade, que é a
tal carência, adjetivo muito presente na fala de 99 de cada 100 mulheres
casadas (aposto que já está calculando a possibilidade de sua mulher ser a única
que ficou de fora aí nas minhas contas, pode ser que não, analise seu comportamento
primeiro).
A falta do diálogo, do respeito pelo espaço e pelos desejos
individuais do outro leva ao estranhamento, ao distanciamento, o que, conseqüentemente
leva ao desgaste da relação. O desejo, o tesão que a mulher sente não passa só
porque “vocês” proíbem. Ele fica lá, latente. Por isso nos masturbamos, por
isso desejamos toques, carinhos e por
tudo isso acho que deveriam ter mais respeito por nossa sexualidade. O casal
ganharia mais intimidade, e os fantasmas das traições, dos descontentamentos,
acusações, divergências, passariam longe do relacionamento vosso.
Porque reprimir algo tão bom e saudável? Porque o outro
exige? Porque então não usar essa exigência na cama, fazendo juntos sexo de
qualidade, até a exaustão. No caso dela acho que só falta o cara que mora com
ela e se diz companheiro acordar e aproveitar a vasta possibilidade que a
relação sexual oferece para a vida a dois. Tenho certeza que ela está preparada,
pois, torrou uma boa quantia em dinheiro no Sex Shop, rss.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OPINEM.