27 de março de 2012

"ENTRE QUATRO PAREDES"


Hoje vou tratar de um assunto delicado e por isso peço que quem tem ouvidos sensíveis já pare por aqui que eu não quero ser responsabilizada por problemas que possam ter por causa de minhas palavras.
Como já havia adiantado para vocês eu ando meio sem inspiração para escrever no blog, por esse motivo pedi ajuda para uma amiga muito querida. Pedi a essa que me desse uma idéia, ao que ela respondeu ser impossível, pois, ultimamente ela só pensa em sexo. Que está difícil se desligar do tal assunto, que ele, o assunto sexo,a rodeia, mexe com a mente dela as vinte e quatro horas do dia.
O que tem isso de “anormal”? Para mim nada. Acho absolutamente normal alguém que é dono de seu corpo, de suas atitudes ser, também, dono de sua sexualidade. Não tem como esconder que sentimos tanto prazer quanto os homens, em alguns casos até mais que…
Essa minha amiga é uma mulher atraente, adulta, responsável, inteligente e, obviamente, para nós, que a conhecemos bem, nada soa mais natural que ela sinta, expresse o desejo que sente, mas, infelizmente, ela se esbarra em um problema que eu creio ser crônico: o machismo. Esse conceito que os homens tem de achar que eles são os donos das suas mulheres, das mentes dessas. Ela se sente constrangida de falar com o próprio companheiro sobre seus desejos, seus anseios, por medo da reação dele, reação essa que vocês homens conhecem bem e entendem bem.
Fico a imaginar o que faz uma pessoa achar que pode ter controle absoluto sobre o pensar, o agir, o sentir do outro. Fico a imaginar: a partir de qual momento colocaram na cabeça do homem que mulher é domável, que desejos podem ser reprimidos só porque o outro quer?
Minha amiga não pode expor livremente seus desejos com o parceiro de tantos anos, o que eu acho uma falha (falha essa que acontece em muitos lares do nosso mundão). Se o parceiro não der espaço para a mulher expor seus desejos, seus sentimentos, o que esse teme acontecerá, que é a possibilidade do fracasso do relacionamento, das traições aparecerem, porque esses desejos, saudáveis, frisando, uma hora ou outra nos cobra liberdade, que é a tal carência, adjetivo muito presente na fala de 99 de cada 100 mulheres casadas (aposto que já está calculando a possibilidade de sua mulher ser a única que ficou de fora aí nas minhas contas, pode ser que não, analise seu comportamento primeiro).
A falta do diálogo, do respeito pelo espaço e pelos desejos individuais do outro leva ao estranhamento, ao distanciamento, o que, conseqüentemente leva ao desgaste da relação. O desejo, o tesão que a mulher sente não passa só porque “vocês” proíbem. Ele fica lá, latente. Por isso nos masturbamos, por isso desejamos  toques, carinhos e por tudo isso acho que deveriam ter mais respeito por nossa sexualidade. O casal ganharia mais intimidade, e os fantasmas das traições, dos descontentamentos, acusações, divergências, passariam longe do relacionamento vosso.
Porque reprimir algo tão bom e saudável? Porque o outro exige? Porque então não usar essa exigência na cama, fazendo juntos sexo de qualidade, até a exaustão. No caso dela acho que só falta o cara que mora com ela e se diz companheiro acordar e aproveitar a vasta possibilidade que a relação sexual oferece para a vida a dois. Tenho certeza que ela está preparada, pois, torrou uma boa quantia em dinheiro no Sex Shop, rss.



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