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tradução: machos nasceram para serem escravos. |
Sou uma pessoa
avessa a algumas situações e, essas avessas, às vezes, me traz alguns
problemas, pois, muitas pessoas são acomodadas ou esponjosas (adjetivo meu para
pessoas que recebem e absorvem tudo sem questionar, sem pensar sobre e, sem
pensar, sem questionar começam a proferir a verdade do outro como se fosse
realmente uma verdade. Entenderam? Deixa para lá, kk) e minhas opiniões, às
vezes, incomoda algumas pessoas (paciência, não quero ser esponja, elas me
lembram louças na pia e isso me lembra ódio, rss e, não gosto de sentir ódio).
Sou contra, por
exemplo, cotas para negros, índios, etc. nas faculdades. Explico: isso faz com
que baixem nosso nível intelectual para cabermos em um sistema. O certo seria
educação de qualidade para lutarmos em pé de igualdade, pois, para me privilegiar,
o meu amigo branco, que teve um ensino tão ruim quanto o meu, perderá a vaga
por eu ter o “privilégio” de ter a cor da minha pele escura (se o branco usar a
cor da pele dele para se autopromover o negro acha que é preconceito, quando é
o contrário eu me acomodo e acho normal. Quando é conveniente eu sou negro,
mas, deixa um branco na universidade citar que sou negro, na universidade que
eu entrei por ser negro, pronto, o branco será processado e eu ganho de novo,
ganhei a bolsa e ganhei por danos morais, pois, ser negro é um problema, menos
quando eu quero privilégios (não estou aqui falando que aceito alguém me
discriminar por causa de cor, que fique claro a questão do xingamento, do
preconceito e do privilégio).
Outro ponto que
não concordo, e esse tem a ver com o post, o caso das cotas fora apenas uma
ilustração, é o privilégio que nós, mulheres, achamos que temos em relação aos
homens, inclusive mulheres que se dizem religiosas e pregam que somos todos
iguais diante os olhos de Deus.
Sou contra leis
que favorecem minoria, pois, temos a Declaração Universal de Direitos Humanos,
temos a Constituição Federal que já oferecem direitos iguais para todos nós,
seres humanos, se essas fossem seguidas a risca seria desnecessário outras leis
para favorecerem um grupo específico (esses não são humanos? Não entram na lei
acima citada, A Constituição, que em tese é a lei máxima de um país?).
Em um casamento
ontem, 02 de Novembro, a noiva, ao sair do cartório, fez um comentário
engraçado, mas, que ilustra bem o que direi. O noivo, já marido, não abriu nem
fechou a porta para a noiva, já esposa, e, essa, já reclamou: pronto, mal
casamos e já acabaram as gentilezas. Rimos do comentário, que foi feito
espontaneamente e na brincadeira, mas, uso para ilustrar o quanto nós,
mulheres, ainda somos românticas e o quanto nós, que nos autonomeamos
independentes ainda deixamos para os homens a função de nos “paparicar” como se
fossemos aleijadas (aleijada foi expressão forte, mas, é para ilustrar, rsss).
Sentimos-nos privilegiadas
por termos dia Internacional da mulher (dizem que é para homenagear mulheres
que morreram queimadas em uma fábrica quando essas lutavam por melhores
condições de trabalhos. Homenagem mais que cabível, mas, quantos homens morrem
em guerras, quantos judeus, homens, morreram nas mãos de Hitler, quantos homens,
por ano, são mutilados em guerras para “salvar” uma nação e, nem por isso
ganham dias especiais?) por termos a lei Maria da Penha (louvável porém, ineficiente
pois, não salva a mulher que está na mira de um psicopata armado, e não tem o
poder de fazer o individuo cumprir a distância estabelecida para ficar longe da
parceira ameaçada, uma vez que, não tem como colocar um agente vigiando essa
mulher vinte e quatro horas por dia) e, por termos o dia da louça para lavar,
do tanque cheio de roupas, etc.
Não estou
desdenhando das leis já estabelecidas e da cultura do país, só estou comentando
que nós, mulheres, gostamos de uns privilégios e, mesmo assim, nos denominamos
independentes.
Nossa “independência”
aparece quando é para pagar o jantar, a conta do motel, as flores que gostamos
de receber, o abrir da porta do carro, no puxar a cadeira para nos sentarmos em
lugares públicos. Gostamos dessas “pequenas” gentilezas que saem do bolso do
homem. Mulher independente não faz gentileza, não divide a conta?
Do mesmo jeito
que sou contra os homens acharem que é nossa obrigação manter a chama do casamento
acesa, senão eles buscam fora o que não tem em casa (isso, no meu ponto de
vista, serve para nós mulheres, direitos iguais) sou contra nos acomodarmos e
deixarmos para o homem toda a “gentileza” pagável.
Lutamos para ter
nosso lugar ao sol, para termos salários iguais, para termos príncipes encantados
e ainda nos portamos como nossas avós, no pré-feminismo (movimento que abomino
também por fazer a segregação de uma ideologia).
Concordo que não
se deve perder o romantismo, há quem é adepto, mas, no meu ponto de vista,
romantismo é diferente de comodismo, de “aproveitismo”.
Não conseguiremos
o respeito “corporativo”, posição que tanto desejamos, enquanto acharmos que
somos, nós mulheres, seres portadoras só de direitos.
Somos detentoras
de direitos, mas, os homens também não são?
Sei que muitas
podem não gostar do que está escrito, mas, não lutamos por igualdade? Que igualdade
é essa em que eu saio privilegiada?
Não estou aqui
defendendo os homens, mas, tenho homens maravilhosos na minha vida (dois
sobrinhos pelos quais daria a minha vida, um pai maravilhoso, marido (não tão maravilhoso como os três primeiros
homens da minha vida, mas, uma pessoa que merece meu respeito por ser
batalhador, honesto, gente do bem) e gostaria que esses tivessem tantos
direitos como eu tenho, principalmente direito a ter um dia Internacional.
De quem foi a idéia
de nivelar todos os homens, de colocá-los na posição de algozes, de colocá-los
como seres insensíveis, monstruosos, sem o direito de terem o dia especial?
Quero ser mulher
de direito e de dever. Não quero privilégios, quero ser igual.
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