20 de setembro de 2011

" PRAZER, MEU NOME É..."



Oi nóis aqui traveis, rss. Pensaram que eu havia me esquecido de vocês né, na na ni nanão, só estava sem inspiração.
Enfim. Vamos ao que interessa.
Hoje, em um rompante de inspiração (sim, estou “desinspirada”), me deparei com um assunto que me saltou aos olhos (maneira de dizer).
Falo muito sobre a questão de identidade: a música que nos traduz, o livro que representaria nossa história, o cheiro que nos remete a nós mesmos, e, por ai vai. Hoje, me lembrei de algo que nos traduz de forma única, de forma profunda,inigualável. Nosso nome.
Creio que a maioria de nós raramente pensa nessa questão, do quanto nosso nome nos representa, do quanto esse fala por nós, de nós. Lendo um artigo em uma revista deparei-me com a fala de um juiz de uma Vara da Infância (nem cogitem pensar besteira. Vara da Infância é uma área da justiça que cuida de problemas relacionados a crianças e adolescentes. Quanta inteligência, kk), que dizia que quando esse, o juiz, tinha em mãos casos de crianças para serem adotadas, se essechamasse a criança pelo nome (referindo-se a crianças bem pequenas, de meses) e essa o atendesse, ele não deixava os pais adotivos trocarem o nome da criança, pois, na visão daquele juiz, se a criança atendia ao chamado era porque esse nome já lhe imprimia um significado. O juiz argumentou ainda que já estavam tirando a criança de seu contexto (afastando da família de origem, da instituição de acolhimento, a qual esse poderia estar adaptado) e trocando o nome seria uma violência a esse individuo que estava procurando se significar no mundo (sei que o juiz não lerá esse devaneio mas, parabéns a ele por ser tão humano).
Quando nasci meu nome seria Josiane. Tudo certo, nome escolhido, bebezinho fofo, rss,primeira filha, no cartório o moço (tabelião, eu acho, não me lembro) sugeriu que minha mãe trocasse Josiane por Luziane, não é que a louca topou.
Quando comecei a me entender por gente não gostava muito do meu nome, afinal, se não tinha ninguém com o meu nome na redondeza (havia Anas, Marias com todas as adequações possíveis, Marias Fernandas, Luizas, Eduardas etc, Fátimas, Cristinas, Paulas, etc, menos Luziane) era porque o nome era bizarro. Isso persistiu até eu descobrir o estado de Louisiana, nos EUA. Para tudo, comecei a me achar. De repente, após essa descoberta que quase me enfartou, um amigo, em uma conversa informal me disse: já reparou que as três primeiras letras do seu nome é Luz. Bem, desse dia em diante o mundo começou a girar em volta do meu Luminoso nome Luziane ( minha avó materna me chama de Rose desde que me entendo por gente, não sei porque, kk, também me chamam de Luzzy, de Ziane, de Zuca, isso na minha casa, já os amigos me chamam de Lú, simplesmente).
Quando fui para a universidade em 2005 me completei. Entre mais de seis mil alunos só eu tinha o nome Luz iane.
Na cidade que me adotou, Macatuba, só eu tenho esse nome (imaginem a sensação de exclusividade, aff. Só para quem pode).
Quando aparece uma grávida na família, ou entre o circulo de amigos, sempre vem o questionamento sobre o nome, sempre vem a parte gostosa de escolher o nome do pequenucho/pequenucha.
Quando uma de minhas irmãs ficou grávida disse que o filho se chamaria Vitor Hugo. Meu ex cunhado, o pai do rebento, não gostou. Disse que Vitor Hugo, apesar de um belo nome, era muito fechado, um nome forte, meio obscuro, fala dele. Um belo dia eutrago da faculdade uma revista de artesanato e minha irmã se depara com uma decoração de quarto infantil que continha na porta do quarto, em letras feitas de biscuit, coloridas, o nome André Luiz. Pronto, foi paixão. Hoje, o André Luiz tem cinco anos e cinco meses e não conseguimos imaginar a figura alegre, cheia de graça, espalhafatosa que enche nossa casa de alegria sendo chamado de Vitor Hugo, assim como não conseguimos imaginar meu outro sobrinho, o qual minha outra irmã me deu a honra de ser madrinha e escolher o nome, ser chamado por um nome que não seja Nícolas Henrique. O nome deles os marcam, os imprimem no mundo. Quando os chamamos, para nós, da família, as palavras vem carregadas de significados mágicos, que nos remetem a imagem das crianças amadas que são.
O que você sente quando alguém chama seu nome? Que significado ele tem para você? Seu nome traduz sua personalidade, características?