Alguns dias atrás fiz um post sobre livros, sobre o quanto os livros nos orientam, nos “acultura”, nos coloca diante de outros universos.
Em minhas andanças pelo mundo encantado da literatura, digo mundo encantado para ilustrar o quanto eu leio conto de fadas (eu tenho sobrinhos pequenos, já perdi a conta de quantas vezes contei a história (estória) dos três porquinhos, salientando, todas às vezes com muitas floreações quando o lobo queima o rabo) me deparei com Saint Exupéry e seu Pequeno Príncipe, com a coitadinha da Branca de Neve e os seus sete anões (depois a Sandy é quem protagoniza a devassa), mas, me deparei com livros curiosos, fabulosos, mágicos.
Entre os curiosos destaco o livro que mais me intrigou: 1984, sim, não pirei, ainda, o nome do livro é: 1984 de Eric Arthur Blair, mais conhecido como George Orwell (pseudo que ele usa no livro). Tá, fala logo porque o livro intriga.
O livro é o que deu origem aos famosos BBBs, ou Big Brothers.
O autor faz, com sua narrativa, nos sentirmos vigiados pelo grande irmão (governo) vinte e quatro horas por dia (o autor, na época, 1949, se referia ao mundo político, de um regime totalitário, hoje, é realidade).
Ler 1984 hoje, após sessenta e dois anos de sua publicação, faz o livro ser mais atual que nunca, pois somos “vigiados” vinte e quatro horas por dia. Vale à pena ler.
Entre os curiosos destaco também Morangos Mofados.
Livro de Caio Fernando Abreu, fala do ser humano, suas fraquezas, suas vaidades, de forma nua e crua, mas, de forma muiiiiiiito nua. Esse livro tem partes que beiram ao pornográfico. O que tem isso demais? O li em uma biblioteca de escola, de ensino fundamental e médio. O que tem isso demais? Para mim nada, para os pais deveria ter muito, pois, por muito menos tentaram barrar um livro distribuído pelo governo para estudantes do ensino médio, contendo o conto “Obscenidades para uma dona de casa” de Ignácio de Loyola Brandão. Morangos tem relatos que podem levar um adolescente afoito, ou mesmo um adulto “sensível” a uma frenética masturbação. Vão por mim, o babado é forte.
Fabuloso (a). Assim defino a trilogia O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo.
Com maestria, Érico narra nas obras O Continente (1949), O Retrato (1951) e O Arquipélago (1962)a saga dos desbravadores do estado do Rio Grande do Sul, ilustrando a narrativa, a família de Ana Terra. São livros indicados para quem quer, além de cultura, conhecer a história do Brasil, pois, há várias passagens históricas, das missões a Getúlio Vargas, políticas, inclusive as “rixas” entre os paraguaios (que na época invadiam o território brasileiro e queimavam as colheitas dos gaúchos, estupravam as mulheres desses, etc.) e gaúchos. As histórias de amor vão dando leveza a parte histórica. Você se vê se apaixonando pela família Terra. Outro livro de Érico que recomendo é: Incidente em Antares.
Mágicos: Quem me roubou de mim, do Padre Fábio é muito bom, narrativa indicada para quem, às vezes, deixa outras pessoas tomarem as rédeas de suas vidas e se deixam dominar.
O diário de Anne Frank. Narrativa que conta o dia a dia de uma família que precisa se isolar, se esconder dos nazistas. Linguagem simples, cativante, emocionante pois, narra a crueza de uma época em que deveria morrer as “pessoas diferenciadas” como as pessoas da família de Anne, judia.
Hora da Estrela, de Clarice Lispector. Vocês irão se apaixonar pela doce, inocente e sem sorte Macabéa (ou Macabéia, não me lembro ao certo).
Um clássico mágico, Brumas de Avalon, obra de Marion Zimmer Bradley, é a visão feminina, recheada de histórias mágicas de bruxas e rituais, sobre a era do Rei Artur (simmm, o mesmo, amigo de Lancelot). A obra está dividida em quatro volumes. É uma boa dica de cultura, entretenimento.
Para quem quiser mais informações da trilogia de Érico/ http://everissimobr.blogspot.com/2010/02/trilogia-o-tempo-e-o-vento.html
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