Eu quero o encontro no desencontro.
Quero suor que gruda, cheiro que fica, essência na pele,
fixação.
Pulso que pulsa, juntos, aceleração.
Quero o doce da língua, dor de amor como íngua, junção.
Quero sorriso que paira, no ar que chacoalha a dor da
separação.
Quero lábios que sussurram palavras e murmúrios, lamúrio, sedução.
Quero corpos em êxtase, de sábado a sexta, em um vai e vem,
em um doce balanço, não me canso.
Quero música que acalma o ardor da alma, minha sua, nossa
alma, calma.
Quero som ao longe, quero gemidos perto, braços abertos,
acalanto, por enquanto, em um canto, coberto com o amor puro, e alvo, puro manto.
Quero a mão que toca, entoca, desloca calor, frenesi,
gozação.
Quero pernas que se enroscam, se buscam, se sentem, se
tremem, se entreguem.
Passos juntos, que se entrelaçam, se embaraçam,
noturnamente, diuturnamente, mesmo caminho, mesmo destino;
caminho, caminhar, caminhão, destinos
que se cruzam, não descruzam, União.
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