
Deus me livre discordar disso, vai que eu seja castigada por
pensar assim, já que recebemos de volta tudo o que enviamos, mas, como sou
destemida e pago para ver algumas coisas, vou vomitar aqui minha discordância.
De uns tempos para cá ando a atrair para perto de mim
pessoas egoístas, pessoas de sentimentos rasos, falsos, mesquinhos. Ando a
atrair pessoas que mentem sobre o que sentem, sobre o respeito que deveriam
sentir pelo próximo, pessoas que são capazes de lhe jurar lealdade e amizade
eternamente e, em segundos deletar-te de suas vidas como se você fosse algo
descartável, como se você fosse parente muito próximo de papel higiênico usado.
Até ai tudo bem, cada um oferece ao mundo o que tem. Como cobrar de uma pessoa
vazia, completude? Minha discordância vem da discrepância da afirmação de que
atraímos o que emitimos.
Creio sinceramente que as conexões (seja do destino, do
aleatório, do acaso, do Divino) estão se conectando a mim de forma errada.
Eu posso ter inúmeros defeitos e não os escondo de ninguém. Tenho
mania de perfeccionismo, tenho mania de querer ter as coisas sobre meu controle
(acho sinceramente que as coisas possam sair erradas se eu não estiver por
perto, etc), sou possessiva com quem amo, isso eu assumo, sei que é defeito, sou
explosiva, irracional quando fico irritada (isso é muito fácil de se conseguir,
é só ficar teimando muito comigo ou me negar uma informação que eu pedira e
você tem sob seu domínio) mas, egoísta e descuidada com as pessoas que quero
bem, isso nunca.
Às vezes, as pessoas podem até estranhar meu jeito, pois,
não sou pessoa de ficar bajulando, puxando saco, de ficar cheia de chamegos,
mas, quem convive comigo sabe que sou cuidadosa com sentimentos. Sou o tipo de
amiga que não se importa em levantar de madrugada para ajudar caso uma amiga
(o) precise, sou o tipo de pessoa que não se apega a coisas materiais, se for
necessário me desprender de algo para ajudar alguém, faria isso de bom grado. Sou
o tipo de pessoa que calça luvas de pelica para mexer com sentimentos.
Não consigo me lembrar de ter causado mal a alguém espontaneamente.
Não me recordo ter respondido mal alguém sem que isso me ferisse de alguma
forma, apesar de ser raro eu me alterar com alguém, eu propositalmente ferir alguém,
não me lembro de ter feito isso na vida. Portanto, não aceito a teoria, o
conceito de que somos responsáveis por aquilo que atraímos, que só aparecem em
nosso caminho o que desejamos. Eu não atrairia o egoísmo de afeto, de amor, de
desprendimento, de leveza, de sorrisos, de carinho. Eu não atrairia a
mesquinhez de amor, corações vazios de sentimentos. Deus me livre ser egoísta,
Deus que me livre de abrir feridas, de deixar marcas doloridas na vida das
pessoas.

colheitas ruins que algumas pessoas querem depositar em meu silo, ou por vontade de abrir espaço em suas vidas para coisas melhores, ou por achar que posso fazer uso diferente de suas já estragadas sementes. Que eu consiga transformar joio em trigo, apesar de achar que isso seria muita pretensão.
Eu não sei o que o amanhã me reserva, talvez seja por isso que prefira plantar amor, afeto, delicadeza de sentimentos, se eu tiver que partir, quero ir em paz com minha consciência. Posso pagar por qualquer pecado, menos pelo pecado do desrespeito a condição humana das pessoas.
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