Hoje, garimpando informações na net, encontrei uns textos interessantes.
É habito meu ler artigos dos colunistas e os blogs da revista Época on line. Hoje, coincidentemente, me deparei, no site da revista citada, com três textos que nos remete a mesma reflexão. Os textos são: a dor das mulheres, do colunista Ivan Martins (postarei os links no fim do texto) você já evitou fazer amor ou apagou a luz no quarto por achar que estava gorda? E, Miss Representation, esses dois últimos do blog Mulher 7 x 7, da revista já citada.
Os três artigos nos remetem a reflexões sobre a “escravidão” a que nós, mulheres modernas, nos impomos para cabermos dentro de padrões estabelecidos. Nenhuma novidade até aqui. O assunto é batido, mas vou falar assim mesmo, não custa “reflexionar” um pouco (ta, eu sei, a palavra não existe, e daí? rsss).
No primeiro, Ivan fala do filme Cópia Fiel, do diretor iraniano Abbas Kiarostami. O filme, segundo Ivan, é uma homenagem do autor para a atriz que o estrela, porém, o autor o faz sob a ótica de vida oriental. Posto o link e vocês poderão conferir o texto na íntegra, pois, registro aqui apenas a frase que me chamou à atenção e que norteará, assim como os comentários dos outros dois artigos, a discussão que quero dividir com vocês. Eu me fiz bonita para você. Essa é a frase.
No texto: você já evitou fazer amor ou apagou a luz no quarto por se achar gorda, dispenso muitos comentários porque o nome do texto fala por si só. A frase que destaco é: a mulher perfeita não existe, fato facilmente “constatável” quando se tem “noção”, bom senso e amor próprio.
O terceiro texto é sobre um documentário, Miss Representation, que traz reflexões como: que imagem você tem das mulheres? “Miss Representation” (algo como representação delas) foi exibido pela primeira vez no Festival de Sundance, o filme ganhou espaço em algumas salas de Nova York e deve ser transmitido pelo OWN, canal de Oprah Winfrey, em outubro (cópia do mulher 7 x 7). Infelizmente não consegui o trailer legendo nem dublado, mas, o link ta aqui: (http://www.youtube.com/watch?v=6gkIiV6konY ) Em um determinado ponto do trailer, recheado de imagens em que mulheres são subjugadas aos homens, uma estudante fala que não dão valor ao que as mulheres tem no cérebro, só ao corpo que essa tem. (mesmo em inglês, para quem não domina a língua, é um trailer interessante de se ver).
Vamos aos fatos, pois, até aqui, tudo está muito teórico, recheado de exemplos. Isso é para provar que não estou sozinha nas minhas reflexões.
Primeiro ponto: “Eu me fiz bonita para você”. Exemplo claro de nossa submissão e nossa dependência em relação ao sexo oposto, em pleno século XXI. Uma ânsia em agradar, de se fazer notada pelo macho, nem que isso custe o anular-se como individuo dotado de singularidade, o que deveria ser inerente no ser humano.
Apagar a luz por se sentir gorda, se sentir menos, se sentir inferior ao outro.
Por último, a necessidade de se fazer filmes, documentários, para mostrar o óbvio. Que a mulher é um ser completo. Que por dentro do revestimento pele e cabelos (longos, crespos, castanhos, avermelhados, laranjas, Pink, Black Power, etc.) tem cérebro pensante (apesar de nós próprias nos desvalorizarmos). Prova disso são as estatísticas que provam que somos a maioria nas universidades.
Mas eu me pergunto, a culpa pela desvalorização do real (brincadeirinha) da desvalorização da mulher é do homem, da sociedade “midiática”, ou da própria mulher?
Tem uma frase que diz: só fazem conosco o que permitimos que façam.
É nonsense (sem noção), nos diminuirmos ou nos acrescermos em função dos outros.
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BRAD NOVO |
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BRAD VELHO (vai sobrar até p/ ele) |
Os deuses, os homens, (os santos que colocamos nos altares da vida) possuem defeitos também (coçam o saco perto das pessoas, sem se importarem se estão sendo notados ou não, alguns, inevitavelmente, ficarão carecas, por possuírem o gene (DNA) da calvície, todos, um dia, sem exceção, ficarão com a pele flácida, logo após os quarenta começará a despontar uma leve flacidez abaixo do queixo (eu tenho exemplos em casa), suam como todo mortal, soltam gases, e sabemos disso, falam palavrões, chorarão se perderem alguém querido, são barbeiros no trânsito, apesar de não confessarem (estatísticas comprovam que são os campeões em causar acidentes de trânsito, isso é = barbeiragem) engordam, às vezes, ficam rabugentos, metidos quando promovidos, tontos quando veem uma revista de mulher pelada, excitados só em ver uma mulher passar com uma calça jeans apertada e perceberem o fio dental na bunda dela, etc., etc., etc., ou seja, são seres normais (são?). Porque nos sujeitamos a coisas extremas para terem esses seres do nosso lado? Basta sermos nós e eles serem eles e pronto, cada qual com seu igual.
Nossas avós, mães, lutaram tanto pela conquista da tal liberdade feminina, queimaram sutiãs, celebraram a pílula anticoncepcional para que continuássemos prisioneiras da nossa própria ignorância? Brigamos com os homens por igualdade e poder para continuarmos sendo mulheres objetos? Se for, melhor pararmos a luta e admitirmos que somos Amélias (sem querer ofender as Amélias, apenas fazendo uma referência a música que se tornou símbolo de mulher submissa).
Depois não reclamemos que temos salários inferiores. Se não agregarmos valor ao produto, continuaremos em promoção. Pronto, falei.
(IMAGENS DO GOOGLE IMAGENS)
Realmente Lu, o valor das pessoas, inclusive das mulheres (isso correndo em defesa a nossa classe), está banalizado na aparência, imagem, estética, nos padrões estabelecidos pela sociedade que concorda com uma beleza feminina já não tão natural... seja a moda, a cultura ou os recursos cientificos, tem feito da mulher um "objeto de luxo"... tudo agora é postiço, não que não se deva cuidar da beleza mas há uma confusão nesse sentido, é grande o risco de perder saúde e dinheiro em troca de imagem, beleza...
ResponderExcluirachei interessante partilhar um texto do Herbert Vianna, veja nesse endereço:
http://www.raphaeldraccon.com/blog/?p=326
ele trata o assunto citando a lipoaspiração e a obsessão de que isso se tornou, e que pena, por nossa culpa mesmo, nós mulheres.
Gostei do post!!
oi Lú!!!
ResponderExcluirEstá corretíssima!!! Acabamos nos preocupando o que os homens vão achar de nós, e acabamos esquecendo o verdadeiro significado da vida, que somos a nossa vontade de viver e de escolher o que realmente queremos que é sermos felizes!!!
"LU,MESMO SABENDO QUE O TEMPO DA MULHER INFERIOR,FRACA E SUBMISSA QUE ABAIXAVA A CABEÇA PRO SEU MARIDO"DONO"JÁ ACABOU A MUITO TEMPO,AINDA ENCONTRAMOS MULHER QUE SE DEIXAM SER DOMINADAS POR MARIDOS POR MEDO,INSEGURANÇA OU POR AMAR DE MAIS.ACABAM PERDENDO SUA PROPRIA IDENTIDADE VIVEM O OUTRO E DEIXAM O SEU "EU" DE LADO,ESQUECENDO QUE ANTES DE SER MULHER SÃO PESSOAS COM SENTIMENTOS E VALORES INDIVIDUAIS.
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