Fazemos inúmeras perguntas ao longo da vida, talvez todas
com o mesmo intuito, saber quem somos aqui, neste lugar, que alguns chamam
mundo.
Assim como vocês, me questiono constantemente: quem sou?
Gostaria de ter uma resposta assim: curta e grossa (mais grossa que curta, rss). Queria resposta certeira, objetiva, mas, me pego em meio a abstratos,
substantivos, adjetivos, reticências, pontos de exclamação, interrogação, nunca
dentro de um ponto final (isso pode ser bom, terminar-se, findar-se causa medo).
Descobri recentemente
que sou Lenny Kravitz, mas, até um dia ali, eu era Monique Kessous, (Lenny me
pegou com seu Again, e eu me desconstruí, deixei o Calma Aí da Monique lá
atrás).
Gosto de inverno, me acho inverno. Sou introspectiva,
visceral, cinzenta, mas, uma palavra tem o poder de me transformar em um
vulcão, e, penso ser verão.
Já fui Eça de Queiroz, Dostoiéski, Tolstoi, Lacan, hoje estou
de “Martha Medeiros”, estou piegas e sentimental.
Já fui muitos livros, hoje, sou Facebook, Twitter,
Instagram, Linkedin, e-mails, Chats, Blog, Tumblr. Desconstruindo culturas? Eu que já fui Chico
Buarque hoje me encontro ouvindo Naldo. É fim de uma era ou mutação natural?
Ando mais cansada. Cansada de gente estranha, de gente que
não quer ser gente, apesar da única função que nos foi dada até o presente
momento, neste espaço chamado Terra, é ser gente, ou outra coisa que não gente,
mas, com espírito de gente, já que, fomos nós quem colocamos esses nomes
estranhos nas coisas, inclusive o nome gente, na gente (tendeu?).
Ultimamente ando sendo mais mesa que cama (apesar que não
reclamaria se houvesse uma inversão afinal, dormir faz bem (pensaram besteira, né, rs). Sou mais menina que mulher, as responsabilidades de ser mulher cansa (ter
que se arrumar, sempre, coloca brinco, anel, pulseira, colares, sapatos, com
salto, de preferência, perfumes, cremes, depila-se, e, isso significa dor,
trabalha, cansa-se, volta para casa e tem mais inúmeras coisas para fazer e, um louco ainda filosofa que cabe a nós, mulheres, seres já tão explorados, o sacrifício de
manter o casamento/namoro, aceso (emprestem-me o fogo do inferno para queimar
esses pensamentos machistas e arcaicos).
Jude Law continua ídolo mas, trocaria por Alexsander
Gustafsson e, fica a pergunta: nos desconstruímos
para nos construir ou, nos construímos para nos desconstruir?
A vida é um constante “metamorfosear-se”.
O mesmo cansa, o estático se condensa, ou enferruja, porém, a busca constante do ser também cansa. Há um meio termo? Um dia o óleo se misturará a água?
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