15 de junho de 2012

"À MORTE ESTÁ À ESPREITA"

Nunca postei na íntegra conteúdo de outras pessoas no meu blog mas, me deparei com um diálogo interessante e decidi postá-lo, compartilhá-lo com vocês.
O texto que postarei vem ao encontro à uma conversa que tive hoje de manhã com uma amiga querida.
Ela me disse que anda desanimada, que não encontra coragem para se arrumar, que anda trabalhando muito. Disse também que o marido já comentara que algumas mulheres esperam a separação ou a morte do companheiro para se cuidarem, se amarem. 
Penso que, muitas vezes, nos deparamos com essa situação: desânimo ou falta de tempo para as coisas simples da vida (curtir familia, amigos, vermos nossos filhos crescerem, rirmos com eles, cuidar deles como precisam, principalmente por estarem a mercê desse mundo doido, comprarmos pão na padaria do bairro e degustá-lo displicentemente, sem correria, sem nos preocuparmos com calorias, ouvir aquela música, mesmo se a achar brega na atual modernidade, rss,) porque estamos preocupados em adquirirmos coisas (casa boa, bem decorada, carro do ano, roupas e sapatos de grife, precisamos nos apresentar como o tal para a sociedade). 
Acho que o diálogo resume um pouco o que penso.
Não sou o tipo de pessoa que se preocupa em acumular bens. Não sou hipócrita em dizer que não me preocupo com meu bem estar, que não quero uma casa confortável, mas, isso não é prioridade para mim. Eu, por exemplo, jamais moraria longe de minha família para ganhar dinheiro em outro lugar, entre o dinheiro e minha família escolho minha família mesmo isso significando dificuldades financeiras. Não preciso de muito para viver e tem coisas que vivo em companhia de meus queridos que o dinheiro não compraria. As alegrias que tenho em alguns momentos com meus sobrinhos são impagáveis ( vocês precisam ver as músicas toscas que eles compõem com seis anos de idade, rsss).
Vamos ao diálogo (não sei quem é o autor):
A morte chega, o homem lamenta a brevidade da vida, e os planos que não realizou. E curioso inquire sobre o conteúdo de uma maleta que a morte portava. O que tens aí dentro? Morte responde:
  “- Os teus pertences – responde-lhe a Morte.
- Os meus pertences? São as minhas coisas, as minhas roupas, o meu dinheiro?
- Não amigo, as coisas materiais que tinhas, nunca te pertenceram… Eram da terra.
- Trazes as minhas recordações?
- Não amigo, essas já não vêm contigo. Nunca te pertenceram, eram do tempo.
- Trazes os meus talentos?
- Não amigo, esses nunca te pertenceram… Eram das circunstâncias.
- Trazes os meus amigos, os meus familiares?
- Não amigo, eles nunca te pertenceram, eram do caminho.
- Trazes a minha mulher e os meus filhos?
- Não amigo, eles nunca te pertenceram. Eram do coração.
- Trazes o meu corpo?
- Não amigo… Esse nunca te pertenceu, era propriedade da terra.
- Então, trazes a minha alma?
- Não amigo, ela nunca te pertenceu… era do Universo.
Então o homem, cheio de medo, arrebatou à morte a maleta e abriu-a… e deu-se conta de que estava vazia. Com uma lágrima de desamparo a brotar dos seus olhos, o homem disse à morte:
- Nunca tive nada?
- Tiveste, sim… meu amigo… Cada um dos momentos que viveste foram só teus.”
 Como dizem: como não temos controle de nada, vamos aproveitar ao máximo cada momento, pois, amanhã pode não dar tempo e nada irá contigo, nem o luxo nem a pobreza (até se o caixão for ruim não terá importância, que diferença isso faria para um defunto?).
Vivamos enquanto temos tempo (se é que temos tempo).


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