Em Dezembro passado, especificamente em 16/12 fiz um post falando sobre o processo cirúrgico pelo qual eu havia passado, gastoplastia/cirurgia bariátrica ou como o pessoal costuma falar, redução de estômago. Eu havia prometido deixar vocês a par da situação/evolução do processo, rss. Então, acho que está na hora da atualização.
Estou muito bem, a maioria das pessoas que me encontram querem saber o que fiz para emagrecer quase 30 kg ‘já??” pois, muitos não acreditam que eu passei pelo procedimento cirúrgico por eu estar realmente muito bem. Como a maioria das pessoas esperam uma certa “debilidade” por parte de quem faz a cirurgia, minha aparência os surpreende, mas, quem me conhece sabe que estão certo, minha recuperação surpreende até a mim, apesar que não estava esperando menos, mesmo com medo.
O que mudou? Além do corpo, pois, é bem visível à mudança, praticamente tudo está do mesmo jeito, quase imperceptível eu diria, não fossem os momentos de vômito, rss (que nojo). Quinta-feira passada foi um dia dificil. Resolvi fazer frango. Fiz tudo com muito carinho, muito bem temperado, com creme de leite no molho, estava salivando com o frango cru (a cabeça ainda é de gorda, rss, se bem que eu ainda estou gorda, kk), fiz o arroz, tudo muito caprichado, pois, modéstias a parte sempre cozinhei bem, para manter meu corpinho bem nutrido, rss, mas, como nem tudo são flores, minha janta fora estragada por minha ansiedade, como não tive paciência para cortar a carne em pedaços minúsculos, na terceira garfada senti que a refeição seria interrompida, e foi. Para tudo no “canal” entre esôfago, estômago, rss, fica uma sensação quase de dor, quase de afogamento, depois dessa etapa a única solução é botar para fora, senão, você passa o resto dos dias sem se alimentar, tomar água, porque tudo parece que vai vazar (não é exagero, rss, infelizmente), o lado bom é que isso não acontece todos os dias e a única culpada sou eu. Ontem, dia 27 de Fevereiro tive vômito novamente, novamente por causa da carne de frango mal cortada e novamente a culpa foi minha (vocês podem estar pensando: burra, se já sabe que vai acontecer porque insiste, explico, é, que às vezes, como ainda não tenho uma base exata do que da e do que não da para passar por meu novo “buraco”, rss (pensando besteira né) erro na medida, daí, já sabem né. Lá pelas tantas, por volta das vinte e duas horas, após ter ido umas quatro vezes visitar o meu amigo vaso sanitário, pensei: já da para comer algo, estava com fome, já como pouco e ainda jogo o que como, resolvi optar por um pedaço de manga, vixi, foi batata, como diz meu marido: foi bater e chocar, adivinhem? Voltei a manga também, só consegui me alimentar hoje de manhã, rss, após todos os resquícios de alimentos da janta ter sido eliminado. Difícil? Só consigo pensar que foi uma escolha, apesar que na hora da escolha você não consegue mensurar os problemas, só se pensa nos resultados.
Vocês podem pensar que estou radiante por estar perdendo peso. Seria hipócrita se falasse o contrário, mas, ainda não tenho muita noção do quanto 30 kg fazem de diferença em uma pessoa. Como sempre estive acima do peso, a minha percepção de peso é diferente de quem é magro. Tenho dificuldade para comprar roupas, pois, acho que o número menor não vai caber (a calça que era 54 já usei até 56, agora está no 48, é uma diferença muito grande para se adaptar em tão pouco tempo, 4 meses, 118 dias).
Vamos lá, estou mais triste e o endócrino entrou com um “relaxante”. Não gostei da decisão dele, mas, ele deve saber o porquê da decisão que tomou. Não vou entrar nos detalhes desse processo, mas, está bem chato, não tenho vontade de sair e ultimamente ando sem perspectivas, tipo tanto fez tanto faz, numa inércia total (a comida é uma válvula de escape para quem tem problema com peso, quando se tira isso da pessoa você fica sem as muletas emocionais, é aí que começa a aparecer os problemas, preciso achar outra coisa para substituir a comida em minha vida, mas, as opções não são muito viáveis, rss).
Estou trabalhando, isso não mudou em nada, estou produzindo como nunca, rss. Minha vida, em alguns aspectos continua indo bem, pois, nunca fui uma pessoa sedentária, inerte e a obesidade nunca atrapalhou minha vida social, cultural, profissional (emocional não posso equiparar).
Outra coisa que está acontecendo e que não é legal é a queda de cabelo. Após três meses de cirurgia minhas “madeixas” começaram a apresentar queda e isso assusta, da um medo enorme, apesar que já sabia que isso poderia acontecer. Não ficarei careca, essa é a boa notícia, a má é que chega a cair 70% dos cabelos, rss, minha sorte é que meus cabelos são enrolados, isso “remedia” a aparência. Minhas unhas estavam lindas, de umas semanas para cá começaram a descamar, apesar de tomar diariamente um polivitamínico e um poliminerais, uma dose diária de colicalciferol (para regularizar a vitamina D, que preciso para o bom processamento do cálcio), e uma injeção de vitamina a cada três meses.
Só apresentei os contras né, rss, tem os prós. Os elogios. Mesmo eu não estando muito animada, esses não me são indiferentes, todos gostamos de receber elogios, não sou hipócrita de dizer o contrário. Muita gente me para na rua para perguntar o que fiz para emagrecer tanto em tão pouco tempo. As pessoas querem saber como consegui a cirurgia em um hospital renomado como a Unesp, pois, é um procedimento dificil de conseguir, eu tive sorte. Comentam, comentam, comentam e a parte boa é que os comentários são positivos, rss.
Consigo comer de tudo, rss, pouco, mas, consigo. Imaginem duas colheres de sopa de arroz, uma de feijão, um bife de mais ou menos 80 gramas, e umas duas colheres de legumes, é isso que consigo comer no almoço/janta. Coisas pastosas eu consigo ingerir bem, mas, não abuso. Tomo suco de frutas, como um
doce, às vezes, tomo sorvete (o que é um perigo também para a manutenção do peso e, sorvete light custa os olhos da cara), consigo ingerir muita água, de 80 em 80 ml, rss, leite, quijo (proteínas são imprescindíveis para parar a queda do cabelo). Preciso voltar a comer gelatina, parei um pouco por ter enjoado, as três primeiras semanas após a cirurgia era muita gelatina, água de coco e gatorade, acabei enjoando.
Não sinto dores, nem enjoos (as crises de vomitos que tenho não são acompanhadas de enjoos)não sinto cansaço, muito pelo contrário, ando muito e melhor.
Outra coisa que me deixa animada é que não estou apresentando muita flacidez, não apresento envelhecimento no rosto (ui), o que é por causa da minha cor e da consistência que tenho na pele, que é mais resistente, também por causa da raça. Porém, esse mesmo fator me fez com mais músculos e, no exame de bioimpedância (um método moderno e considerado pela comunidade científica como de alta precisão na avaliação da composição corporal) aponta que eu perdi gordura mas, ganhei 2 kg de músculos, isso é bom por um lado, uma proeza, segundo os médicos isso raramente acontece em quem faz esse tipo de cirurgia, mas, para mim é estranho, pois, queria perder muito e rápido, e, por eu não ter mais tanta gordura para queimar, já que tenho uma boa parte de massa, minha perda será lenta, aí eu penso: depois de tanto sacrifício?
Enfim, agora é ir administrando o tempo e a ansiedade pelos resultados e próximos passos.
Darei notícias em breve.
Estou muito bem, a maioria das pessoas que me encontram querem saber o que fiz para emagrecer quase 30 kg ‘já??” pois, muitos não acreditam que eu passei pelo procedimento cirúrgico por eu estar realmente muito bem. Como a maioria das pessoas esperam uma certa “debilidade” por parte de quem faz a cirurgia, minha aparência os surpreende, mas, quem me conhece sabe que estão certo, minha recuperação surpreende até a mim, apesar que não estava esperando menos, mesmo com medo.
O que mudou? Além do corpo, pois, é bem visível à mudança, praticamente tudo está do mesmo jeito, quase imperceptível eu diria, não fossem os momentos de vômito, rss (que nojo). Quinta-feira passada foi um dia dificil. Resolvi fazer frango. Fiz tudo com muito carinho, muito bem temperado, com creme de leite no molho, estava salivando com o frango cru (a cabeça ainda é de gorda, rss, se bem que eu ainda estou gorda, kk), fiz o arroz, tudo muito caprichado, pois, modéstias a parte sempre cozinhei bem, para manter meu corpinho bem nutrido, rss, mas, como nem tudo são flores, minha janta fora estragada por minha ansiedade, como não tive paciência para cortar a carne em pedaços minúsculos, na terceira garfada senti que a refeição seria interrompida, e foi. Para tudo no “canal” entre esôfago, estômago, rss, fica uma sensação quase de dor, quase de afogamento, depois dessa etapa a única solução é botar para fora, senão, você passa o resto dos dias sem se alimentar, tomar água, porque tudo parece que vai vazar (não é exagero, rss, infelizmente), o lado bom é que isso não acontece todos os dias e a única culpada sou eu. Ontem, dia 27 de Fevereiro tive vômito novamente, novamente por causa da carne de frango mal cortada e novamente a culpa foi minha (vocês podem estar pensando: burra, se já sabe que vai acontecer porque insiste, explico, é, que às vezes, como ainda não tenho uma base exata do que da e do que não da para passar por meu novo “buraco”, rss (pensando besteira né) erro na medida, daí, já sabem né. Lá pelas tantas, por volta das vinte e duas horas, após ter ido umas quatro vezes visitar o meu amigo vaso sanitário, pensei: já da para comer algo, estava com fome, já como pouco e ainda jogo o que como, resolvi optar por um pedaço de manga, vixi, foi batata, como diz meu marido: foi bater e chocar, adivinhem? Voltei a manga também, só consegui me alimentar hoje de manhã, rss, após todos os resquícios de alimentos da janta ter sido eliminado. Difícil? Só consigo pensar que foi uma escolha, apesar que na hora da escolha você não consegue mensurar os problemas, só se pensa nos resultados.

Vamos lá, estou mais triste e o endócrino entrou com um “relaxante”. Não gostei da decisão dele, mas, ele deve saber o porquê da decisão que tomou. Não vou entrar nos detalhes desse processo, mas, está bem chato, não tenho vontade de sair e ultimamente ando sem perspectivas, tipo tanto fez tanto faz, numa inércia total (a comida é uma válvula de escape para quem tem problema com peso, quando se tira isso da pessoa você fica sem as muletas emocionais, é aí que começa a aparecer os problemas, preciso achar outra coisa para substituir a comida em minha vida, mas, as opções não são muito viáveis, rss).
Estou trabalhando, isso não mudou em nada, estou produzindo como nunca, rss. Minha vida, em alguns aspectos continua indo bem, pois, nunca fui uma pessoa sedentária, inerte e a obesidade nunca atrapalhou minha vida social, cultural, profissional (emocional não posso equiparar).
Outra coisa que está acontecendo e que não é legal é a queda de cabelo. Após três meses de cirurgia minhas “madeixas” começaram a apresentar queda e isso assusta, da um medo enorme, apesar que já sabia que isso poderia acontecer. Não ficarei careca, essa é a boa notícia, a má é que chega a cair 70% dos cabelos, rss, minha sorte é que meus cabelos são enrolados, isso “remedia” a aparência. Minhas unhas estavam lindas, de umas semanas para cá começaram a descamar, apesar de tomar diariamente um polivitamínico e um poliminerais, uma dose diária de colicalciferol (para regularizar a vitamina D, que preciso para o bom processamento do cálcio), e uma injeção de vitamina a cada três meses.
Consigo comer de tudo, rss, pouco, mas, consigo. Imaginem duas colheres de sopa de arroz, uma de feijão, um bife de mais ou menos 80 gramas, e umas duas colheres de legumes, é isso que consigo comer no almoço/janta. Coisas pastosas eu consigo ingerir bem, mas, não abuso. Tomo suco de frutas, como um
doce, às vezes, tomo sorvete (o que é um perigo também para a manutenção do peso e, sorvete light custa os olhos da cara), consigo ingerir muita água, de 80 em 80 ml, rss, leite, quijo (proteínas são imprescindíveis para parar a queda do cabelo). Preciso voltar a comer gelatina, parei um pouco por ter enjoado, as três primeiras semanas após a cirurgia era muita gelatina, água de coco e gatorade, acabei enjoando.
Não sinto dores, nem enjoos (as crises de vomitos que tenho não são acompanhadas de enjoos)não sinto cansaço, muito pelo contrário, ando muito e melhor.
Outra coisa que me deixa animada é que não estou apresentando muita flacidez, não apresento envelhecimento no rosto (ui), o que é por causa da minha cor e da consistência que tenho na pele, que é mais resistente, também por causa da raça. Porém, esse mesmo fator me fez com mais músculos e, no exame de bioimpedância (um método moderno e considerado pela comunidade científica como de alta precisão na avaliação da composição corporal) aponta que eu perdi gordura mas, ganhei 2 kg de músculos, isso é bom por um lado, uma proeza, segundo os médicos isso raramente acontece em quem faz esse tipo de cirurgia, mas, para mim é estranho, pois, queria perder muito e rápido, e, por eu não ter mais tanta gordura para queimar, já que tenho uma boa parte de massa, minha perda será lenta, aí eu penso: depois de tanto sacrifício?
Enfim, agora é ir administrando o tempo e a ansiedade pelos resultados e próximos passos.
Darei notícias em breve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
OPINEM.