22 de junho de 2011

TEM CU LPA TODO MUNDO?

Vocês já devem estar carecas (ou não) de saber que eu adoro fuçar na net (calma, é net de internet) e, entre uma fuçança (fussança, fuçansa) e outra sempre encontro algo que gosto de dividir, partilhar.
Hoje me deparei com uma matéria interessante no site da revista Época (já perceberam que eu sou leitora assídua do site, né). A matéria, do blog mulheres 7 x 7 (ler aqui se quiserem culpa x homem x mulher) fala sobre uma pesquisa feita na Espanha que demonstrou que nós, mulheres, sentimos muita culpa. Culpa por tudo. E, pasmem, a pesquisa conseguiu descobrir o “indiscobrível”, que o homem não sente culpa de porr… nenhuma, ou quase porr… nenhuma.
 A pesquisa mostra que quanto mais nos colocamos no lugar do outro (coisa na qual a mulher é perita por ser mais sensível, segundo a pesquisa), mais ela tem tendência a sentir culpa.
Segundo a matéria, que é baseada na pesquisa, sentimos culpa por tuuuuudo.
Culpa por não agradar o marido (como se isso fosse uma obrigação), temos culpa se falhamos com os filhos, culpa por termos celulite, por termos engordado, por não termos deixado a casa um brinco, rss (acho que as que deixam a casa suja são as "desculpadas), nos culpamos por não estarmos com a depilação em dia (tudo lisinho, aliás, o homem gosta), nos culpamos se não somos boas de cama (é obrigaçao ser, senão ele pode procurar fora), nos culpamos por o esmalte estar descascando, por o padeiro ter queimado a rosca, porque o preço da saca de café arábica teve baixa, a bolsa de valores de Hong Kong caiu, culpa porque o Schwarzenegger  (colei do tio google esse nome "facim" de escrever) traiu a mulher com a empregada e dessa traição "brotou" um filho. Tudo é motivo para nos corroermos.
Enqunto isso o homem segue em frente (vem vamos embora que esperar não é saber... vamos se embora, pro bar, beber, cair e levantar...), alheio a tantos problemas que nós, mulheres, achamos ter, queremos ter.
Cada um com sua culpa, aliás, como disse, tem cu lpa todo mundo, mas, gostaria que fossemos mais desencanadas.
Para aquelas que ainda não conseguem ser e querem carregar o mundo nas costas, achando ser indispensável na vida das pessoas, principalmente na vida dos maridos, amantes, namorados, namorantes, fincantes, deixo outra matéria, da mesma revista, do mesmo blog, da mesma escritora (papo de homem) em que a autora relata uma conversa, entre dois homens,  que essa ouviu na saida do metrô. Se a matéria não servir para nos fazer menos culpadas, serve para nos deixar menos idiotas.
Na conversa "delicada" um homem jovem fala supostamente de um "bolo" que ele deu em uma mulher. Quando essa cobrou uma posição, esse se fez de vítima e coloca a mulher em posição de débil mental. Segundo a autora, ouvinte, um disse para o outro: mulher é assim, cara, não tem credibilidade.
A autora faz um questionamento interessante sobre alguns pontos, o que pode nos ajudar a nos cobrar menos, a sair mais de nossas masmorras e curtir a vida com mais leveza.
Enquanto nos cobramos, envelhecemos, o tempo passa, não volta atras, e, nesse tráfego, podemos perder pessoas importantes, coisas importantes, porque estávamos muito preocupadas procurando desculpas para o indesculpável.








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