ONDE ESTÁ O AMOR.

O ser humano e suas peculiaridades é algo que me instiga, principalmente em relação aos sentimentos das pessoas, respectivamente seus sentimentos uma para com as outras.

O grupo musical norte americano Black Eyed Peas tem uma música cuja letra é belissima (link para os curiosos, rsss) http://letras.terra.com.br/black-eyed-peas/446106/traducao.html e essa, a letra, faz uma pergunta em seu refrão, Where Is The Love? ( onde está o amor)? E, essa é uma pergunta que muitas vezes eu me faço quando o assunto é amor (amor em suas várias interpretações: marital, filial, entre amigos, entre pessoas que se conhecem, ou não (contatos de internet é um exemplo). Onde está o amor? Quando se assiste pela primeira vez o Filme Eu Robô, com Will Smith, nos assustamos ao ver máquinas exercendo papel de amigo, companheiros e, instântaneamente nos deletamos daquela situação, como se fosse algo inimaginavel, fora de questão, mas, sabemos, que para seguir o que nos pede o mercado, para seguir a regra capitalista do ter, sempre mais se possível, negligenciamos nossos sentimentos, negligenciamos nossos amigos, familiares, colegas de trabalho, é o "pega p/ capar". Hoje vc já parou para perguntar onde estão/como estão os amores de sua vida? Já ligou/visitou/beijou/tocou/etc, hoje, uma pessoa que você ama? Seu amigo que está passando por uma dificuldade, recebeu uma palavra de apoio, partida de você?

Uma amiga querida dividiu uma história que divido com vocês, sem nomes, em respeito a singularidade e a particularidade da dor dela, em que me disse ter chegado ao fim um namoro lindo, em que a entrega parecia ser mútua. Ambos os envolvidos são pessoas inteligentes, esclarecidas, com objetivos e havia, por parte do então namoraro, promessas e planos românticos de casamento. Um dia após o aniversário de minha amiga, a pessoa com quem essa se relacionava pediu um tempo, disse que apesar do "bom envolvimento, dos planos, etc" ele estava confuso. Minha amiga, pega de surpresa, pois acreditava que tudo estava bem, está triste, obviamente, e desacreditada, apesar de saber que a vida é cheia de tropeços. Essa diz surpresa, cada vez mais, com as atitudes envolvendo relacionamentos. Há uma ânsia em seguir em frente, em não prender-se a nada, em não lutar, em não explicar, a ir deixando os sentimentos, as pessoas, os relacionamentos em segundo plano.

Em meu trabalho, me deparo com problemas não muito diferentes desse relato de minha amiga, familias em frangalhos, pais que não se entendem, filhos que não entendem pais e vice versa, brigas por partilhas em que tudo se é discutido, menos os laços familiares, menos a preocupação com os filhos. Denúncias de pais de maus tratos de pais para com filhos, cansaço e desesperança de pais para com esses.

Quero dividir com vocês esse questionamento. Onde está o amor?