Atendendo solicitação de uma amiga hoje vou postar um texto Socrático, ou seja, filosófico (“metaforando”).
Em um bate papo informal no MSN minha amiga me sugeriu um post sobre estética, culto ao corpo etc e a influência dos conceitos estéticos nos relacionamentos entre seres humanos (friso seres humanos porque nunca vi esses conceitos pesarem nas escolhas “românticas” da bicharada, esses, levam a rodo, se importando apenas em vivenciar o que a natureza os proporciona, sem frescuras, constrangimentos ou cobranças).
Disse que é um assunto complexo, filosófico, controverso e, sendo assim, vou dividir esse assunto em partes. Hoje, por exemplo, vou convidá-los a refletir sobre a essência do ser humano e levá-los a refletir que as discussões relacionando amor e estéticas são infundadas. Amar alguém está além de qualquer número na balança, para mais ou para menos.
Não sou hipócrita e não vou ficar aqui defendendo a bandeira de que o estético, o bonito, o que é agradável aos olhos não merece nossa atenção ou não chama à atenção. Quero discutir o assunto amor, e, quando se trata de amor, puro, verdadeiro, afirmo que o conceito estético não prevalece.
Pode falar o que vocês quiserem ou pensarem o que vocês quiserem, mas, uma voltinha pelas ruas, de qualquer cidade, prova a vocês que toda aquela conversa de peso, photoshop, pele de porcelana, peeling de cristal, de diamantes, drenagem linfática, levantamento de peso, de garfo, (uffaaaaa), não funciona quando você, esperada ou inesperadamente se depara com o CUPIDO. Você verá homens e mulheres, (casais homo), de diferentes biotipos se relacionando, muitas vezes, alheios ao que os outros pensam ou dizem, pois, estão vivendo um momento em que nada mais importa em suas vidas a não ser o momento mágico pelo qual estão passando (estão flechados, incupidados, abduzidos da realidade).
Eu sei que vocês podem, nesse momento, dizer que eu estou crazona (significando muito crazy, loca, loca, loca), mas, para seu governo ou inferno astral, eu estou certa.
Por mais que a ciência, a mídia (e bota mídia nisso) tente vender para as pessoas que elas serão infinitamente mais felizes se seguirem o padrão estético de Kate Moss, Gisele Bündchen (se a grafia estiver errada é culpa do Google), etc, nós, seres mortais, que não vivemos no mundo dos deuses nem dos contos de fadas, sabemos que isso não é garantia de: e viveram felizes para sempre.
Não se preocupem que, como eu estou de folga hoje, vou encher vocês de exemplos pra lá de convincentes de que minha tese tem fundamento e chances enoooooormes de ser aprovada pelo centro de estudos sociais e antropológicos da USP. (sonhar não paga nada, me deixa vai, kk).
Vamos aos fatos. Se o amor é estética e não essência, porque pessoas ricas, lindas, famosas, que possuem um arsenal de produtos e serviços estéticos a seu dispor, sofrem com problemas como: traições (infidelidade), frustrações, decepções? Se a máxima, felicidade = beleza, beleza = felicidade fossem suficientes, essas pessoas seriam imunes.
Querem exemplos? Vamos lá? (http://veja.abril.com.br/blog/10-mais/gente/as-10-traicoes-mais-absurdas-de-homens-famosos/)
Além desses temos: Tiger Woods, o melhor golfista de todos os tempos, casado, na ocasião, com uma mulher linda, loura, estonteante, foi infiel de maneira escandalosa (isso não deveria ter acontecido uma vez que a mulher dele era linda, bem acima da média, o que, para os defensores de estética = felicidade e completude são argumentos suficientes para ser feliz em um relacionamento)
Sandra Bullock, linda, famosa, bem sucedida, casada com um homem que esteticamente deveria beijar o chão que Sandra pisa, foi traída no ano de 2010 no período em que era “coroada” com uma estatueta do Oscar, o que faria dela, supostamente, se a máxima beleza, sucesso = ser amada, desejada incondicionalmente, a mulher mais amada e desejada do mundo. Sua algoz está a sua altura (confiram: http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,EMI133913-9531,00.html)
Dêem uma voltinha pelas ruas, conversem, discutam, partilhem, confabulem e chegarão a conclusão de que amor é essência e não estética (quando o cupido te acerta, você fica alheia a raça, credo, partido político, time do coração, altura, peso, idade, nacionalidade).
Saem na rua e vejam pessoas de diferentes biotipos curtindo a vida juntos, com o único intuito de serem felizes.
Não condeno quem gosta de se cuidar, esse não é o tópico da discussão, condeno quem quer relegar ao amor apenas o estético, sem ver o sublime, a docilidade dos momentos, a singularidade dos sentimentos.
Economizem meus neurônios e partam para a prática.
Deleitem-se, desencanem, e vivam o amor que o amanhã a Deus pertence, para magros, gordos, altos, baixos, novos, velhos, meia idade,,,
Concordo com vc amiga, qdo falamos de amor verdadeiro estamos indo além da aparência, afinal a bela aparência um dia vai embora e se vc só se vale dela na vida, não vai sobrar nada pra pra vc oferecer a alguém.
ResponderExcluirSabe que eu me preocupo. As pessoas banalizam os sentimentos.Andar a dois, a luz da lua, ouvindo musica romântica e piegas.
ResponderExcluirAdoro ser piegas,,, só não ouço Amado Batista, aliás, tudo tem limite.
Hoje em dia a essência do que é um amor verdadeiro anda muito perdida! Mas, ainda existem romântcos nesse mundo, isso que importa ...
ResponderExcluirSeguindo vc, Luzzy! Beijooos
E o melhor, ainda existe muita música romântica de boa qualidade para embalar uma noite enluarada ao lado do amado (a).
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